As estrelas brilham, a chuva cai de forma contínua, eu ouço música e escrevo, escrevo até me faltarem linhas e lápis, até me doerem os dedos, mas escrevo, escrevo tudo o que preciso, escrevo todas as recordações, todas as memórias, todos os momentos, todos os pensamentos, escrevo textos, escrevo poemas, escrevo tudo aquilo que me deixarem. Voam palavras, frases na minha cabeça, para dizer tudo aquilo de que tenho medo, para pronunciar todas aquelas palavras que gostava de ouvir, vindas da tua boca, mas que não és capaz de dizer, e só eu sei o quanto me custa saber isso, talvez nunca as vá ouvir, mas a esperança é sempre a última a morrer. Um dia, quando a chuva deixar de cair, quando o sol deixar de brilhar, quando a lua deixar de iluminar a noite, quando o fogo deixar de queimar, quando tudo ficar estranho, eu prometo que continuarei a escrever aqueles longos e sentidos textos, continuarei sem fim... O mundo poderá desabar em mim, mas eu não deixarei de escrever as pequenas palavras que persistem em ficar na minha cabeça, mas que tentam saltar para as linhas, para a minha boca, para todo o lado, continuarei, continuarei sem medo... Um dia irás dar valor a tais palavras, e voltarás atrás, mas aí eu já lá não estarei, pois continuei a minha viagem. Então, irás aprender a ler as entrelinhas e saberás o que significaste para mim, até lá fica uma lágrima de saudade. Daqui a um longo tempo voltarei para te escrever mais um dos textos, por enquanto permanecerei em silêncio.
Catarina Gonçalves
11º H de 2009/2010
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