quinta-feira, 25 de março de 2010

O MEU PAI

Quando eu era criança o meu pai olhava com admiração sincera para todos os desenhos que eu fazia; quando lhe pedia a opinião, ele examinava cada frase rabiscada como se fosse uma obra-prima; ria-se às gargalhadas das piadas mais insípidas e de mau gosto. Sem a confiança que ele me deu, teria sido muito mais difícil tornar-me escritor (…)

Adorava quando ele me levava a ver filmes, e adorava ouvi-lo discutir os filmes que tínhamos visto com outros; adorava as piadas que ele fazia sobre a idiotice, o mal e a desumanidade, tal como adorava ouvi-lo falar acerca de uma nova variedade de fruto, uma cidade que visitara, as últimas notícias ou o livro mais recentes (…) Adorava quando ele me levava para um passeio, porque, juntos no carro, sentia, pelo menos por algum tempo, que não o iria perder. Quando ele conduzia, não podíamos olhar-nos nos olhos, e então ele falava-me como amigo, tocando nas questões mais delicadas.

Mas o que eu mais gostava era de estar perto dele, de lhe tocar e de estar a seu lado.(…)



Orhan Pamuk
(Prémio Nobel da Literatura 2006) – Outras Cores (p.26-27)
(sugerido por Luísa M. Saraiva, coordenadora da Biblioteca)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Senhor Tempo

Porto, 4 de Fevereiro de 2010

Querido Senhor Tempo:
Não sei se o que lhe vou pedir é possível, nem tão pouco se já recebeu algum pedido tão exuberante, mas presumo que não. Trata-se apenas do desejo de que seja permitido manipular o tempo.
Gostaria de voltar atrás e recolher, uma por uma, memórias e recordações de tempos antigos, mas felizes, pois tenho um medo terrível de as perder, de deixar de conhecer o que ontem me fez feliz. Apanhá-las-ia, com todo o cuidado, e depois colocá-las-ia em molduras ou grandes livros. Ou então, e ainda melhor, alguém as recolhia por mim, enquanto eu revivia tudo aquilo de que me orgulho e de que não há um único dia em que não sinta uma imensidão de saudade a rebentar dentro do meu peito.
Por outro lado, a perspectiva de poder acelerar um pouco o futuro, apenas dar-lhe uma espreitadela e logo voltar para o presente, confesso que também não me desagradava. Assim seria bastante mais fácil controlar a ansiedade e evitar o sofrimento por antecipação ou, pelo contrário, prepararmo-nos física e psicologicamente para o que se avizinhasse.
Compreendo se não obtiver resposta da sua parte, mas aqui fica, pelo menos, uma tentativa de satisfazer os meus desejos.

Obrigada,
Marta Huet
Marta Huet
10ºI de 2009/2010

CARTA DA AMIZADE

Exmos. Srs.
Amizade da Silva
Sentimentos (Amor, União, Bondade, …)
Coração das boas pessoas

Coração das boas pessoas
Corpo Humano, 8 de Fevereiro de 2010

Exmos. Srs.
Habitantes do coração:
Venho por este meio, em nome do governador, comunicar-lhes uma trágica notícia. Estamos a ser invadidos pela Solidão, Ódio e Guerra!
Para quem não tem qualquer conhecimento destes Sentimentos, vou passar a uma breve explicação, de modo a esclarecer-vos acerca da gravidade da situação. Ao que parece, eles são conhecidos por pertencerem a um “gang” de criminosos que estão a destruir o nosso País. Todos nós estamos em grande perigo, visto que eles estão espalhados em cada vez mais Corações e que estão, inclusivamente, a tentar eliminarem-nos deles.
Agora, mais do que nunca, devemos permanecer unidos e impedi-los de implantarem a obscuridade e infelicidade neste tão harmonioso Mundo. Tenham todos muito cuidado e atenção e nunca percam a força de lutar pela vossa sobrevivência! Juntos conseguiremos derrotá-los, porque o nosso poder prevalece sobre tudo e todos!
Peço, pois, a compreensão e colaboração de Vª. Exas., esperando que esta catástrofe se resolva rapidamente.

Com os meus melhores cumprimentos,
Amizade da Silva.
Marta Leite
10ºI de 2009/2010

Ruas repletas de nada

Vagueio pelas ruas enlouquecidas, num acto meio perdido. Sinto a frescura do vento a embater contra o meu rosto, gelando-o. Fecho os olhos, e sonho com o rumo que irei dar a esta vida de loucos. O meu olhar, eternamente perdido, um olhar vazio e só, contempla a rua, ela também perdida e vazia. Não havia ali qualquer alma, era apenas uma rua sem fim, encaixada numa cidade escura, numa cidade que teimava em não ter fim, como este meu sentimento que me acorrenta o coração, já perdido e enlouquecido pelo teu doce veneno, que é este interminável amor.



Catarina Gonçalves
11ºH de 2009/2010

terça-feira, 23 de março de 2010

CARTA À MÚSICA

Portugal, 19 de Fevereiro de 2010
Querida música:

Escrevo-te para teres uma pequena ideia do que representas para todos nós.
Tu és muito mais do que uma amiga, és uma verdadeira companheira que nos acompanha ao longo da vida e nos segue para onde quer que vamos. E tal como um amigo, choras e ris dependendo das circunstâncias; ora és alegre e cheia de energia, ora és triste e calma. Mas mais do que tudo, estás sempre lá presente e pronta para oferecer a tua melodia.
O que sinto quando te ouço é inexplicável… Transmites-me uma descontracção enorme e libertas em mim uma vontade imensa de cantar e dançar contigo! Eu respiro o teu som, o teu ritmo, e a liberdade, o poder, a magia que tu me transmites são surreais… Fazes-me sentir especial e única e, se formos a pensar, nem mesmo as pessoas são tão perfeitas quanto tu. Por momentos, tens a capacidade de me fazer esquecer de todos os problemas e levas-me para outro mundo; tudo à minha volta se torna absorto. E quando passas, só quero que me pertenças, só te pretendo alcançar e jamais te soltar. Fazes parte de mim e quem não te quiser ouvir é porque não quer viver!

Agradecida,
Marta.
Marta Leite
10º I de 2009/2010

CARTA À MINHA PESSOA DO PASSADO

Portugal, 17 de Janeiro de 2010
Querida Marta:

É impressionante como o tempo passa a voar… Para dizer a verdade, sinto tanto a tua falta! Como vai a vida aí em 1999? Segundo as minhas contas, deves estar neste preciso momento no Algarve. Bons velhos tempos…
Olha, eu vou confiar-te um segredo muito importante, mas tens de prometer que não contas a ninguém. Daqui a um ano vais ter uma irmãzinha, já imaginaste?! Vais finalmente ter alguém com quem brincar todos os dias! Digo-te isto porque, aqui em 2010, a nossa irmã já está bem crescidinha e, antes de mais nada, queria dar-te uns conselhos. Sabes, é que ela não é propriamente uma pessoa fácil de se lidar, tens de ter muita paciência e, acima de tudo, quando ela nascer, tens de a tratar como uma verdadeira mana mais velha. Talvez se corrigires alguns pequenos erros no passado, que eu já não posso emendar neste momento, ela mude de atitude perante a nossa pessoa.
Outra coisa, suponho que te estejas a divertir imenso aí no Algarve, eu bem me recordo do quanto adorava e imagino, também, que tenhas a companhia do teu primo Luís. Sabes Marta, o primo é outro problema com o qual vais ter dificuldades em lidar… Afinal, ele é também ligeiramente mais novo que tu. Eu sei que, por vezes, ele pode ser mau e bruto contigo. Sei também que tu apenas queres ser amiga dele e que ele te bate e tu ficas muito magoada quando isso acontece. Mas uma coisa te posso garantir e tenho a certeza que ficarás mais descansada: actualmente, tu e ele dão-se melhor do que até a relação que tu tens com a tua irmã. São praticamente como melhores amigos! Ele só se comportava daquele modo porque era ainda muito pequeno e estava a ultrapassar uma fase típica da idade dele. E, para além disso, não era só contigo que ele demonstrava agressividade, ele era assim com toda a gente. Mas como podes ver, ele é hoje um bom rapaz, totalmente diferente do que aí possa parecer.
Por agora não te vou revelar mais eventos futuros, terás de ser tu própria a descobrir com o tempo. O único conselho que te posso dar é o de te divertires e desfrutares ao máximo aí no Algarve, porque pode ser uma das melhores oportunidades que tão cedo não terás. Lembra-te que a infância é a melhor parte de uma vida inteira!

A tua amiga do futuro,
Marta.

PS: O teu vizinho e amigo Miguel, aí do Algarve, é bem giro, aproveita!

Marta Leite
10º I de 2009/2010

Querido Tio Lolo,

Porto, 8 Janeiro 2010


Sinto tanto a tua falta! Sinto falta de todos os momentos que passámos juntos. Desde que te foste embora que não sou a mesma pessoa.
Às vezes, quando estou sozinha, quando não estou a fazer nada, ou até mesmo quando estou ocupada a ouvir música, a desenhar, uma imagem tua vem-me à cabeça. E choro.
Eras-me tanto! Eras como um pai para mim. Tudo aquilo que planeámos, todos os sonhos, o futuro que idealizámos, eu juro aqui que vou cumprir cada palavra saída da nossa boca, cada disparate, cada promessa, eu vou cumprir.
Tenho tantas saudades! Cada vez que me lembro quando íamos para Espanha e eu ficava ansiosa para que chegasse o momento de ir ter contigo.
Lembras-te quando me querias ensinar a conduzir? Eu lembro-me como se fosse ontem. Riamo-nos tanto. O papá cheio de medo que lhe estragássemos o carro!
Podem-me chamar chorona, sensível, não quero saber. Dava tudo para te ter aqui de volta. Estes anos sem ti foram difíceis. Ir a Espanha já nem é a mesma coisa. Sempre que vou lá, mil lágrimas caem sobre o meu rosto.
Como foste capaz de me deixar?
A cada silêncio, a cada momento de felicidade, a cada momento de tristeza… eu lembro-me de ti. Estás presente em cada segundo da minha vida. Posso estar com o maior sorriso do mundo, mas no fundo, estou triste, porque faltas cá tu para eu partilhar contigo essa tamanha felicidade.
Volta.

Com muita saudade,
a tua sobrinha,
Ângela Martinez
Ângela Martinez
10ºI de 2009/2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

Senhor

Porto, 23 de Fevereiro de 2010
Excelentíssimo Senhor:
Escrevo-lhe porque ando preocupada consigo. Tem andado triste e não há como negar, tem estado à vista para quem quiser ver.
Não sei o que se passa, talvez tenha criado mais um ser que o tenha desiludido indo por maus caminhos, mas nem isso justifica tanta mágoa.
Já todos cá em casa estamos exaustos só de ver tantas lágrimas. Peço desculpa pela ousadia, mas talvez já estivesse na hora de arregaçar as mangas e pôr mãos à obra, estar assim não o vai levar a lado nenhum, pelo contrário, deixa-nos a nós, que estamos aqui em baixo, ligeiramente cabisbaixos. Não há quem aguente tanta chuva seguida.
Todos sentimos a falta do seu sorriso límpido e radiante que, normalmente, por esta altura do ano, já fazia parte da nossa rotina diária. Acredite que essa luminosidade que transmite ao sorrir, faz com que tenhamos mais alegria de viver, torna-se até mais fácil esquecer os problemas.

As melhoras e obrigada,
Marta Huet

Marta Huet

10ºI de 2009/2010

DAR... À LÍNGUA! - 9ª SEMANA – de 22 a 26 de Março

1ª Pergunta – Deve dizer-se

A – Logotipo, como uma palavra esdrúxula (‘logótipo’)?
ou
B – Logotipo, como uma palavra grave (‘logotípo’)?


2ª Pergunta – O que significa «Falar com sete (ou duas) pedras na mão»?



Respostas às perguntas da 8ª Semana:

1ª pergunta – Peço que mande ler o regulamento
[ O verbo «pedir» é um verbo transitivo directo, exigindo, portanto, um complemento directo sem preposição, constituído por um substantivo ou por uma oração integrante começada por «que»:
Peço o favor de mandar ler o regulamento ou Peço que mande ler o regulamento. A locução «pedir para» existe apenas em expressões como «pedir para as almas», «pedir para a luta contra o cancro», «pedir para as obras do hospital».]

2ª pergunta - «Livrar o pai da forca» usa-se no sentido de «ir a toda a pressa» - «Ele parece que vai livrar (ou tirar) o pai da forca».


quarta-feira, 17 de março de 2010

Março 2010

Este Mês comemora-se:

1 -
- Dia para Eliminação das Diferenças Raciais

8 –
- Dia Internacional da Mulher

19 –
- Dia do Pai

21 –
- Dia Mundial da Poesia
Dia Mundial da Floresta

terça-feira, 16 de março de 2010

DAR... À LÍNGUA! - 8ª SEMANA – de 15 a 19 de Março

1ª Pergunta – Deve dizer-se

A - “Peço para mandar ler o regulamento”
ou
B - “Peço que mande ler o regulamento”?


2ª Pergunta – O que significa

«Livrar o pai da forca»?



Respostas às perguntas da 7ª Semana:

1ª Pergunta – Deve dizer-se «Ela olhou-me de alto a baixo»
[A baixo é uma locução adverbial usada em oposição a outras, como de alto ou de cima. Abaixo é um advérbio de lugar, que significa “em posição inferior”].
2ª Pergunta - «Amigo de Peniche» é aquele quer se faz passar por amigo verdadeiro, mas que na realidade é falso…

Encontro com a jovem escritora Marta Neves



organizado pela Editora Edita-Me

Segunda-feira, 8 de Março, pelas 10h 15m, na Biblioteca. (Aberto a todos os interessados mas dirigido, sobretudo, aos alunos do Secundário)

quarta-feira, 10 de março de 2010

DAR... À LÍNGUA! - 4ª SEMANA – 8 a 12 de Fevereiro


1ª Pergunta - Deve dizer-se:

A - “Ele interveio no debate”
ou
B - “Ele interviu no debate”?


2ª Pergunta - O que significa

“Despedir-se à francesa”?



Respostas às perguntas da 3ª Semana

1ª Pergunta - “Os profissionais estão cada vez mais bem preparados.”
[“Mais bem” utiliza-se quando o advérbio “bem” intensifica um particípio passado.
“Melhor”, quando o advérbio aparece isoladamente ou modifica a acção de um verbo.]
2ª Pergunta – Quando alguém realiza algo considerado muito difícil, diz-se que «meteu uma lança em África».
Meter uma lança em África significa, efectivamente, praticar uma proeza extraordinária, conseguir uma vitória.


terça-feira, 9 de março de 2010

DAR... À LÍNGUA! - 7ª SEMANA – 08 a 12 de Março

1ª Pergunta - Deve dizer-se:

A - “Ele olhou-me de alto abaixo”
ou
B - “Ele olhou-me de alto a baixo”?

2ª Pergunta – O que significa
“Amigo de Peniche”?


Respostas às perguntas da 6ª Semana:

1ª Pergunta - Deve dizer-se “Caem folhas das árvores”
[Na articulação da forma verbal «caem» surge um «i» quase imperceptível entre o «a» e o «e»: trata-se de um processo de fazer a ligação, na fala, entre duas vogais em hiato, difíceis de pronunciar separadamente.
A realização oral da palavra faz com que haja pessoas que a escrevem, incorrectamente, com esse «i».
Não deverá, portanto, introduzir-se um «i» ao escrever essas terceiras pessoas do plural.]

2ª Pergunta - «Dar às de Vila –Diogo» significa fugir.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Encontro com Dr. Luís Portela

Presidente da Bial e da Fundação Bial

Com o apoio do Programa Porto de Futuro, da Câmara M. do Porto
Quinta-feira, dia 4, pelas 15h, no Anfiteatro (10º F, 11º A e 12º C e todos os alunos e professores interessados)

quarta-feira, 3 de março de 2010

ALICE VIEIRA , 30 anos de actividade literária


“TROCA DE SABERES COM SABOR”

pela Dra. Manuela Maldonado

4ª feira, dia 3, às 15h 25 (Alunos do 9º A, 8º A, 7º s A, B e C e todos os alunos interessados)




terça-feira, 2 de março de 2010

O texto sem titulo

Sentada na cama, olho através do vidro da janela, vejo o mundo lá fora sem vida, tudo sem cor. Questiono-me sobre a razão de tal acontecimento, mas não obtenho resposta alguma. Sinto algo estranho a percorrer o meu corpo, algo inexplicável, algo gélido mas ao mesmo tempo quente, uma dor que não me deixa fazer qualquer movimento possível. Esperei que aquele assustador sentimento desaparecesse, peguei nos meus fones, e corri até à porta de saída esquecendo tudo o que para trás ficou, procurando a resposta. Chegada à rua, deparo-me que não há vulto nenhum, nenhum ser vivo. Imóvel a tudo o que acontece-se fiquei ali. Tinha a plena consciência que algo iria acontecer, algo perigoso. Tentei gritar para que pudessem vir tirar-me daquele lugar mas nem o eco da minha voz ouvi, tentei mexer-me mas os meus movimentos foram em vão, tentei usar todas as forças que permaneciam naquele momento no meu corpo, mas até elas foram insuficientes, nada aconteceu. Então, ali imóvel, ao som da música e sem força alguma, deixei-me cair no chão frio e permanecer caída durante horas afim. Ficarei à espera que tudo mude, que volte a haver vida, que volta a haver cor, que volte tudo como era dantes e que me possam vir ajudar. Mas enquanto isso, deixo-me desvanecer entre os meus pensamentos, entre todos os meus sentimentos que de alguma maneira me matam por dentro, aqueles sentimentos mais cruéis.
Desta vez, foi apenas uma pequena despedida, um pequeno adeus, porque talvez, noutra vida regressarei ao lugar onde me deixei ficar caída.

Catarina Gonçalves
11º H de 2009/2010

mas escrevo

As estrelas brilham, a chuva cai de forma contínua, eu ouço música e escrevo, escrevo até me faltarem linhas e lápis, até me doerem os dedos, mas escrevo, escrevo tudo o que preciso, escrevo todas as recordações, todas as memórias, todos os momentos, todos os pensamentos, escrevo textos, escrevo poemas, escrevo tudo aquilo que me deixarem. Voam palavras, frases na minha cabeça, para dizer tudo aquilo de que tenho medo, para pronunciar todas aquelas palavras que gostava de ouvir, vindas da tua boca, mas que não és capaz de dizer, e só eu sei o quanto me custa saber isso, talvez nunca as vá ouvir, mas a esperança é sempre a última a morrer. Um dia, quando a chuva deixar de cair, quando o sol deixar de brilhar, quando a lua deixar de iluminar a noite, quando o fogo deixar de queimar, quando tudo ficar estranho, eu prometo que continuarei a escrever aqueles longos e sentidos textos, continuarei sem fim... O mundo poderá desabar em mim, mas eu não deixarei de escrever as pequenas palavras que persistem em ficar na minha cabeça, mas que tentam saltar para as linhas, para a minha boca, para todo o lado, continuarei, continuarei sem medo... Um dia irás dar valor a tais palavras, e voltarás atrás, mas aí eu já lá não estarei, pois continuei a minha viagem. Então, irás aprender a ler as entrelinhas e saberás o que significaste para mim, até lá fica uma lágrima de saudade. Daqui a um longo tempo voltarei para te escrever mais um dos textos, por enquanto permanecerei em silêncio.

Catarina Gonçalves
11º H de 2009/2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

6ª SEMANA – 01 a 05 de Março

1ª Pergunta - Deve dizer-se:

A - “Caiem folhas das árvores”
ou
B - “Caem folhas das árvores”?


2ª Pergunta - O que significa

“Ver Braga por um canudo”?


Respostas às perguntas da 5ª Semana:

1ª Pergunta - «Isto não tem nada que ver com aquilo»
«Ter a ver com» é um galicismo (expressão importada do francês) que convém
evitar. «Ter que ver» é a expressão mais correcta em português. Significa «estar
relacionado com».

2ª Pergunta - «Dar às de Vila-Diogo» significa fugir.