Há 13 anos
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
terça-feira, 25 de maio de 2010
A linguagem e o amor
O amor começa a manifestar-se muito cedo. Por muito estranho que pareça, começa logo no infantário. Nesta altura, é bastante simples: é caracterizado por uma linguagem verbal e corporal simples e por uma troca de olhares, seguida de um beijo na cara do rapaz pela rapariga, ao qual se segue a corrida de ambos para direcções contrárias a gritar – “Ai que nojo!”. Realmente muito simples.
A partir daí, começam as complicações. Na adolescência, o amor é como um programa do National Geographic. O macho usa uma acentuada linguagem corporal, pavoneia-se em frente da fêmea e espera a sua aceitação. Quando outro macho se aproxima, ficam ambos a combater, enquanto vociferam elogios em construções frásicas indecifráveis.
Uns anos depois, as relações ficam ainda mais interessantes. Salta-se de caso em caso e de noite em noite. Normalmente tudo começa em bares ou discotecas. O homem aproxima-se de uma mulher e corteja-a usando uma série de piadas foleiras e copos carregados de álcool. No dia seguinte, a ressaca acompanha-o sempre e a mulher, às vezes, também. No fim, isto acaba por ser muito parecido com o tipo de casos que se encontra em algumas tristes esquinas da baixa do Porto.
Quando se arranja uma namorada a sério, a linguagem amorosa envolve cartões amorosos, frases tão complicadas que raramente fazem sentido e inúmeras surpresas, sendo que, se tudo correr bem, a última é o anel de noivado! O dia mais feliz das nossas vidas!
Chegamos ao desejado casamento. Começam os indesejados desleixos e vai diminuindo a comunicação. O homem começa a esquecer-se dos aniversários e a mulher começa a fazê-lo dormir no sofá. Às vezes, contudo, qual milagres, também há surpresas, envolvendo uma linguagem extremamente carinhosa. Raramente, claro! Para, quando acontecer, nunca deixar de ser surpresa!
Quando se chega à terceira idade, a vida amorosa regride radicalmente e a única verbalização sobre o Amor resume-se ao comentário feito da varanda para os jovens que passeiam romanticamente: “Pouca vergonha! Vão mas é trabalhar!”
Realmente o amor é muito complicado! Mas por que será que ele continua a suscitar nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo amor?
João
10ºB de 2009/2010
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espaço quase livre
DAR... À LÍNGUA! - 16ª Semana - de 24 a 28 de Maio
1ª Pergunta – Deve dizer-se
A – O moral das tropas está elevado
ou
B – A moral das tropas está elevada?
2ª Pergunta – O que significa «Estar na berlinda»?
Respostas às perguntas da 15ª semana:
1ª pergunta – Deve dizer-se «O assassínio ocorreu às três da tarde».
Assassínio entrou na língua portuguesa há mais tempo, sendo, portanto, desnecessária a palavra assassinato, que é uma cópia do francês assassinat.
A introdução de um estrangeirismo desnecessário empobrece a língua, porque põe de lado as palavras portuguesas.
2ª pergunta - «A dar com um pau» significa muito.
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Dar... à língua
terça-feira, 18 de maio de 2010
O Amor em Tempos de Crise
Será que a crise de que tanto se fala também chegou ao amor? Ou terá sido, apenas, a mudança dos tempos a causar uma mudança de vontades?
Na escola, os rapazes observam e comentam as raparigas, dirigindo-se-lhes com expressões que mal se percebem. As raparigas aperaltam-se e exibem-se de forma provocadora e abordam os rapazes sem a timidez de outros tempos.
Será que, no amor moderno, o coração já não suspira tão alto? E as palavras já não soam como doces punhais?
Na verdade, algumas apenas bajulam, não revelando as verdadeiras intenções. Algumas prometem as nuvens, o céu, uma estrela, mas, na realidade, nunca nos tiram da terra. Parecem solenes, mas rapidamente esmorecem. Outras, sendo espontâneas, não passam de palavras comuns e directas, adequadas ao interesse do momento.
Para alguns jovens o amor resume-se a uma saída e “bora! bora!”. Se a crise pode levar alguns a dispensar os jantares românticos em restaurantes chiques, será que ela também justifica que eles dispensem as palavras com ardor?
E os apedrejamentos apaixonados, que ameaçavam as janelas da amada? E as serenatas ao luar? E as cartas de amor? Tantas manifestações românticas! Lamechices… lamechices… rir-se-ão muitos.
Passada a fase das “garras da sedução”, as palavras parecem tornaram-se cada vez mais insensíveis e descuidadas, escassas e opacas.
Talvez não haja crise e o Amor tenha tomado, apenas, verbalmente, novas qualidades; todavia, para mim, ele continua a ser “fogo que arde sem se ver”, “dor que desatina sem doer” … será sempre “a cor que dá na vida”!
Na escola, os rapazes observam e comentam as raparigas, dirigindo-se-lhes com expressões que mal se percebem. As raparigas aperaltam-se e exibem-se de forma provocadora e abordam os rapazes sem a timidez de outros tempos.
Será que, no amor moderno, o coração já não suspira tão alto? E as palavras já não soam como doces punhais?
Na verdade, algumas apenas bajulam, não revelando as verdadeiras intenções. Algumas prometem as nuvens, o céu, uma estrela, mas, na realidade, nunca nos tiram da terra. Parecem solenes, mas rapidamente esmorecem. Outras, sendo espontâneas, não passam de palavras comuns e directas, adequadas ao interesse do momento.
Para alguns jovens o amor resume-se a uma saída e “bora! bora!”. Se a crise pode levar alguns a dispensar os jantares românticos em restaurantes chiques, será que ela também justifica que eles dispensem as palavras com ardor?
E os apedrejamentos apaixonados, que ameaçavam as janelas da amada? E as serenatas ao luar? E as cartas de amor? Tantas manifestações românticas! Lamechices… lamechices… rir-se-ão muitos.
Passada a fase das “garras da sedução”, as palavras parecem tornaram-se cada vez mais insensíveis e descuidadas, escassas e opacas.
Talvez não haja crise e o Amor tenha tomado, apenas, verbalmente, novas qualidades; todavia, para mim, ele continua a ser “fogo que arde sem se ver”, “dor que desatina sem doer” … será sempre “a cor que dá na vida”!
Joana Beleza
10º B de 2009/2010
10º B de 2009/2010
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segunda-feira, 17 de maio de 2010
DAR... À LÍNGUA! - 15ª Semana – de 17 a 22 de Maio
1ª Pergunta – Deve dizer-se
A – O assassínio ocorreu às três da tarde
ou
B – O assassinato ocorreu às três da tarde?
2ª Pergunta – O que significa «A dar com um pau»?
Respostas às perguntas da 14ª semana:
1ª pergunta – Deve dizer-se «Fiquei meio baralhada».
Neste caso, meio é um advérbio, portanto, invariável e atribui ao verbo a ideia de “um tanto; um pouco”:
Meia é um adjectivo, que significa “metade”, e é usado, por exemplo, em Comi meia laranja.
2ª pergunta - «Gato escondido com o rabo de fora» significa um disfarce incompleto, uma simulação que é visível aos olhos dos mais atentos, um fingimento que se descobre depressa, fazendo com que a intenção do mentiroso ou do ardiloso seja descoberta.
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segunda-feira, 10 de maio de 2010
DAR... À LÍNGUA! - 14ª semana– de 10 a 14 de Maio
1ª Pergunta – Deve dizer-se
A – Fiquei meia-baralhada
ou
B – Fiquei meio-baralhada?
2ª Pergunta – O que significa «Gato escondido com o rabo de fora»?
Respostas às perguntas da 13ª semana:
1ª pergunta – Deve dizer-se «sinto um mal-estar no estômago».
O advérbio mal (antónimo de bem) forma com o elemento seguinte, estar, uma unidade vocabular que significa “indisposição, inquietação”.
Mau (antónimo de bom) é um adjectivo e serve para classificar um nome: ele tem mau feitio.
2ª pergunta - «Andar a tinir» significa estar sem dinheiro.
A – Fiquei meia-baralhada
ou
B – Fiquei meio-baralhada?
2ª Pergunta – O que significa «Gato escondido com o rabo de fora»?
Respostas às perguntas da 13ª semana:
1ª pergunta – Deve dizer-se «sinto um mal-estar no estômago».
O advérbio mal (antónimo de bem) forma com o elemento seguinte, estar, uma unidade vocabular que significa “indisposição, inquietação”.
Mau (antónimo de bom) é um adjectivo e serve para classificar um nome: ele tem mau feitio.
2ª pergunta - «Andar a tinir» significa estar sem dinheiro.
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DAR... À LÍNGUA! - 13ª SEMANA – de 3 a 7 de Maio
1ª Pergunta – Deve dizer-se
A – Sinto um mau-estar no estômago
ou
B – Sinto um mal-estar no estômago?
2ª Pergunta – O que significa «Andar a tinir»?
Respostas às perguntas da 12ª semana:
1ª pergunta – Deve dizer-se Informou a imprensa de que ia abandonar o teatro.
Quando o verbo informar está seguido de dois complementos, um nominal e outro, oracional, este último é precedido pela preposição de.
Quando só tem um complemento, omite-se a preposição: Informou que iria abandonar o teatro.
2ª pergunta - «Ver o sol aos quadradinhos» significa estar preso.
A – Sinto um mau-estar no estômago
ou
B – Sinto um mal-estar no estômago?
2ª Pergunta – O que significa «Andar a tinir»?
Respostas às perguntas da 12ª semana:
1ª pergunta – Deve dizer-se Informou a imprensa de que ia abandonar o teatro.
Quando o verbo informar está seguido de dois complementos, um nominal e outro, oracional, este último é precedido pela preposição de.
Quando só tem um complemento, omite-se a preposição: Informou que iria abandonar o teatro.
2ª pergunta - «Ver o sol aos quadradinhos» significa estar preso.
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