segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Linguagem e o Amor


Tenho constatado que, hoje em dia, há cada vez menos troca de vocábulos plenos de sentido entre as pessoas que se amam. Refiro-me às palavras sopradas do coração.
Numa relação, parece ser mais fácil o toque, ou melhor dizendo, o contacto físico que a troca de palavras.
Os rapazes da actualidade preocupam-se mais com a morfologia de uma bela moça do que com a semântica das palavras amorosas. Quando nós, raparigas, começamos a tentar estabelecer um belo diálogo, frequentemente percebemos que a tentativa é infrutífera, visto que, quando insistimos na conversa, esta segue um rumo preguiçoso ou simplesmente deserto, um caminho desapaixonado, tumultuoso, como se tivesse pedras nos sapatos.
No amor – esse sentimento ardente, difícil de definir, mas não de sentir – torna-se importante a troca de palavras, que podem ser simples ou desconexas, mas nunca silenciadas. O Amor assenta na compreensão e, por isso mesmo, no diálogo.
De uma maneira geral, todas as palavras são como cristais, punhais ou castiçais que enfeitam as bocas áridas de paixão, sensação, emoção ou imaginação!
Por isso, ainda que aches que piropos há muitos e que as palavras as leva o vento, nunca te esqueças de dar voz ao teu amor.
Joana Costa
10ºB de 2009/2010

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